O Cemitério surgiu no corrente ano de 2014. Tudo saído da cabeça maléfica de Hugo Golon(Side Effectz/ Blasthrash/ Comando nuclear), que lançou dez faixas do mais enraizado e rápido Death Metal. De quebra, cada faixa faz menção a um clássico filme de terror dos anos 70/80. A seguir, maníacos, leiam conversa que tivemos com o Hugo, onde discutimos sobre a concepção do Cemitério, parceria com a Kill Again Records e projetos futuros. Acompanhem e ponham este petardo pra rolar!
Por
Jaime ‘Netão’ Guimarães
1.
Saudações, Golon! Agradecemos pelo tempo cedido ao Under The Ground.
Você já está envolvido na cena desde meados dos anos 90, já tocou, e toca, em
diversas bandas, e agora está com o Cemitério, a todo vapor. De onde veio a
vontade de montar esse projeto? Por que Death
Metal Old School, e formato de one-man
band?
Hugo - Saudações Jaime! O Cemitério surgiu da minha
vontade de aprender a gravar/produzir, tanto as bandas que eu toco quanto
outras. O fato de ser uma one-man band vem disso e, pelo fato de eu tocar
guitarra e bateria desde muito cedo, sempre quis gravar algo sozinho. O Death
Metal Old School é um dos meus estilos favoritos, bandas como Death,
Pestilence, Possessed, Sodom, Vulcano, Mutilator, Sepultura... fazem parte
muito significativa da minha formação musical.
2. Filmes de terror dos anos 70/80. Por que você
escolheu essa temática lírica? Cada faixa do álbum trata de um horror movie, foi mais fácil desenvolver
as letras, visto que os filmes já têm enredos prontos? Como foi a escolha,
algum ficou de fora?
Hugo - Eu escolhi a temática por achar adequada ao
estilo, e por ser um fanático em filmes
de terror deste período. Ao mesmo tempo em que se tem o enredo pronto, se tem a
dificuldade de resumir o filme num curto espaço de tempo, e fazer uma letra que
soe legal. Vários filmes ficaram de fora, pra resolver isso, já estou gravando
material novo!
Pague para entrar. Reze para sair |
3. Na parte sonora, o Cemitério faz um lindo Death Metal Old School, que me remete a Death, do início, Pestilence, e outras bandas da segunda metade dos anos 80. Como foi
o processo de criação para o álbum? Quais tuas principais inspirações? É
verdade que a bateria foi gravada em um controlador midi? Você participou
ativamente do processo de mixagem?
Hugo - Tudo foi criado e gravado na minha casa em duas
semanas, sem nenhum equipamento requintado. Pelo contrário, equipamentos
baratos. E sim, foi usado um controlador midi para fazer a bateria, porém não é
sequenciada. Eu fiz tudo sozinho, desde músicas, gravação, mixagem,
masterização... Minha inspiração pra compor os riffs, foram as bandas já
citadas, Death, Pestilence, Possessed, Sodom, Vulcano, Mutilator, Sepultura....
Em relação a gravação, queria algo que remetesse aos primeiros do Death,
Beneath the Remains do Sepultura, Agent Orange do Sodom... gravações que acho
foda, do final dos anos 80.
4. O lançamento deste primeiro álbum ficou a
cargo da Kill Again Records,
responsável por lançar uma infinidade de bandas nacionais, e talvez um dos
maiores selos do país. Como foi feito esse contato, houve interesse de outros
selos?
Hugo - O contato rolou naturalmente. Eu não tinha Facebook,
então resolvi fazer um pra divulgar o Cemitério, até então totalmente
desconhecido. Eu já tinha tudo gravado, mas só tinha vocal em duas músicas. Fiz
um vídeo pra cada uma delas, publiquei no Youtube e no Facebook, fiz uma
espécie de portfólio, adicionei um monte de gente conhecida, dentre eles o
Rolldão da Kill Again. Em poucas horas ele entrou em contato comigo,
perguntando se eu tinha material gravado, e interesse de ser lançado pela Kill
Again. Enviei todas as músicas pra ele, 8 delas ainda sem vocal. Ele curtiu,
ofereceu lançar e claro que aceitei. Houve interesse de outros selos, mas além
de eu ter fechado no primeiro dia com o Rolldão, era o que tinha a melhor
proposta e estou muito satisfeito com o trabalho sendo realizado por ele.
5. Ainda sobre a Kill Again. Percebo que o material está sendo bem divulgado. A
circulação do disco está sendo satisfatória? Que tipo de suporte você teve
nesta parceria?
Hugo - A divulgação é excelente e honesta, não é
empurrada goela abaixo do pessoal. O Rolldão tem muita credibilidade por estar
envolvido com o Underground do Metal desde os primórdios e a Kill Again tem um
ótimo cast. Isso faz com que o Cemitério esteja circulando no meio certo, para
as pessoas certas, da maneira certa.
Cartaz de divulgação da Kill Again Records |
6. Um bom canal de divulgação, a meu ver, são os
clipes que foram lançados no Youtube,
onde você utiliza de imagens dos próprios filmes. Até onde você acha válida a
exploração de clipes para a promoção do projeto?
Hugo - Os primeiros vídeos, que foram "A Volta Dos
Mortos-Vivos" e "A Vingança de Cropsy", tinham somente fotos
minhas no cemitério. Fui fazer o vídeo de "Sexta-Feira 13" com
imagens do filme, quando eu já tinha cerca de 3.000 visualizações dos outros 2
vídeos juntos e, foi postada no Youtube no dia do lançamento do CD. As imagens
do filme, apenas ilustram a música, é uma homenagem, um vídeo caseiro que não é
comercializado. Uso as ferramentas ao meu favor, de forma honesta e sem pagar
jabá. Aproveitando a deixa, acabo de publicar um vídeo para "Quadrilha de
Sádicos", assistam!(N: Na época em
que a entrevista foi feita, o cemitério tinha acabado de lançar o vídeo.)
7. O Cemitério já nasceu com certo status no meio underground, talvez por se tratar de uma “novidade”, um Death Metal Old School cantado em português. A que se deve esse “sucesso” do projeto?(além de ser um puta deathão).
Hugo - Não sei o que dizer realmente, pois fiz algo espontâneo,
que está na minha veia, nada foi ou é planejado.
8. Com certeza haverá gente cobrando possíveis
apresentações ao vivo do Cemitério. Você tem interesse de, quem sabe,
transformar o projeto em banda ativa, ou
realizar algumas apresentações, como ocorreu com o Power From Hell?
Hugo - Preciso de tempo e dinheiro pra fazer alguns
shows, pois tenho que passar as músicas pra uma banda inteira, pagar sozinho o
ensaio que não é barato, etc... mas vai rolar, acredito que dentro de um ano
farei algo.(N: O Cemitério fechou
apresentação no Guaru Metal Fest 2015)
9. Já
pensa em novos materiais para o Cemitério? Seguirá a mesma temática?
Hugo - Já estou gravando material novo, seguindo a
mesma temática, sempre! Tenho filmes selecionados para mais dois discos e um
compacto.
10. Recentemente, ventilou-se a notícia da
criação de um novo projeto, o Virgin’s Vomit; uma banda de Death Metal formada por você, Victor “Poison Hell”
Canabarro(Farscape, Atomic Roar) e Victor Whipstriker. Conte-nos um pouco da
empreitada, já há material à vista?
Hugo - Passei duas semanas no Rio de Janeiro, compondo
e gravando com os “Victors”. Fizemos 18 músicas com influências que vão de
Motorhead ao Morbid Angel antigo. É uma mistura de Speed Metal com Death Metal,
com partes que lembram o Show No Mercy do Slayer, Setence Of Death do
Destruction, outras lembram Massacre, Autopsy, Morbid Angel... Temos material
para um LP e um compacto que serão lançados pela Hell Music, selo de
propriedade do Leon Mansur, grande amigo e integrante do Apokalyptic Raids.
11. Hugo, meu velho. Agradecemos a entrevista.
Parabéns pelo ótimo trampo. Fica o espaço para o quer for de sua vontade.
Grande abraço!
Hugo - Muito obrigado Jaime e Under The Ground pelo
espaço e verdadeiro apoio!
Facebook: www.facebook.com/cemiteriodeathmetalbrasil
Email: hugo.golon@gmail.com
Kill Again: http://www.killagainrec.com/
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